quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Será que a moda pega?

Mesmo sabendo que os processos são analisados pela Justiça, a grande mídia faz questão de denunciar o que chama de Bolsa Ditadura, ao se referir às indenizações pagas aos perseguidos pelo golpe militar de 64.

O caseiro Francenildo não ficou preso, não foi torturado ou morto e nem teve seus direitos políticos cassados por crime de opinião. Mas receberá R$ 500 mil pela quebra de seu sigilo bancário.

Quanto receberão os contribuintes que tiveram seus sigilos fiscais violados, junto com os de Verônica Serra, na receita federal?

E quanto receberão de indenização os quase 60 milhões de correntistas que tiveram seus dados bancários expostos na internet pela empresa de Verônica Serra?

Serra não quer mais saber do sigilo da filha

Serra se irrita e ameaça deixar entrevista de TV

Priscila Tieppo, TERRA

Em gravação do programa Jogo do Poder, da CNT, o candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, se irritou com perguntas sobre a quebra de sigilos de tucanos e pesquisas e ameaçou deixar a entrevista.

O candidato disse que eles "estavam perdendo tempo falando daqueles assuntos", enquanto podiam dar ênfase aos programas de governo dele.

Após a apresentadora Márcia Peltier citar que a quebra de sigilo teria acontecido em 2009, antes do anúncio das candidaturas à presidência, Serra subiu o tom:

- Que antes da candidatura, Márcia? Nós estamos gastando tempo aqui precioso, estamos repetindo os argumentos do PT, que você sabe que são fajutos, estamos perdendo tempo aqui. >>>>

Crescimento do Nordeste provoca falta de mão de obra no Sul

Vão dizer que a culpa é do Lula. Aliás, não. Que a culpa é da Dilma. Pior que é verdade. As transformações econômicas tem segurado o nordestino em casa e, conseqüentemente, provocado falta de mão de obra no Sul e Sudeste. A coisa anda tão feia que até supermercados estão abrindo mão de contratar pessoal com ensino médio e aceitando trabalhadores com ensino fundamental. >>>>

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Esse não volta mais

A disputa para o senado no Amazonas:

Eduardo Braga 80%
Vanessa Grazziotin 39%
Arthur Virgílio 34%

A Folha ofendidinha...

A Folha de S. Paulo, que nos anos militares emprestava carros de reportagem aos torturadores, em editorial, ficou ofendidinha com a resposta de Dilma Rousseff à pergunta da jornalista Renata Lo Prete no debate que promoveu em conjunto com a RedeTV. Então, porque perguntou?

E porque, neste editorial, só reproduziu a resposta e reduziu a pergunta "Candidata, a senhora colocaria a mão no fogo por Erenice Guerra, que foi seu braço direito na Casa Civil e assumiu o ministério quando a senhora saiu do governo para disputar a eleição?" à expressão "uma pergunta"?

Não é simplesmente "uma pergunta". É A PERGUNTA. O diretor presidente da Folha de S. Paulo, jornal que nos anos militares emprestava carros de reportagem aos torturadores, poria a mão no fogo por alguém? Poria a mão no fogo pela própria mãe ou poria a mãe no fogo? E a jornalista, poria a mão no fogo por sua própria pergunta?

Quem pergunta o que quer pode ouvir o que não quer. E não há motivo para a Folha se sentir ofendida. Em que a pergunta de Renata Lo Prete contribui para o eleitor conhecer melhor a candidata? Em nada, mas a pergunta de Dilma contribui, sim.

CNT/Sensus: Dilma 50,5%; Serra: 26,4%

Resultado mostra que Dilma cresceu durante escândalo Verônica Serra

Encomendada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), a pesquisa do Instituto Sensus, divulgada nesta terça-feira, aponta o crescimento da candidata Dilma Rousseff e queda de José Serra. Enquanto Dilma foi de 46% para 50,5%, Serra caiu de 28,1% para 26,4%. A variação dos números ocorreu durante o bombardeio a que Dilma foi submetida durante o horário de propaganda eleitoral na televisão e no rádio, acusada de responsabilidade direta na quebra do sigilo fiscal da filha de Serra, Verônica, e a repercussão das acusações na mídia oposicionista.

Segundo Clésio de Andrade, presidente da CNT, a pesquisa não absorveu o escândalo da semana, as acusações da revista Veja contra a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra.

Na pesquisa espontânea, Dilma obteve 44,3%, Serra 23% e Marina 7,1%.

Em eventual segundo turno, Dilma venceria com 55,5% dos votos contra 32,9% de Serra.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Podia dormir sem essa, Lo Prete!

Não podia faltar, claro, no debate de ontem entre os presidenciáveis, levado ao ar pela RedeTV, a perguntinha mais óbvia, feita pela mais óbvia das calunistas da Folha, à candidata Dilma Roussef:

Renata Loprete: Candidata, a senhora colocaria a mão no fogo por Erenice Guerra, que foi seu braço direito na Casa Civil e assumiu o ministério quando a senhora saiu do governo para disputar a eleição?

Dilma Roussef: O que se tem publicado nos jornais é uma acusação contra o filho da ministra. Essa acusação contra o filho da ministra, o governo deve apurar de forma rigorosa. (...) Eu não concordo, não vou aceitar que se julgue a minha pessoa baseado no que aconteceu com o filho de uma ex-assessora. Acho que isso cheira a manobra eleitoreira sistematicamente feita contra mim e contra a minha campanha.

Mas a parte mais interessante da resposta, estranho, né?, ninguém repercutiu, foi a pergunta da candidata Dilma à repórter:

Dilma Roussef: Você acha correto responsabilizar o diretor presidente da tua empresa pelo que foi feito pelo filho de um funcionário dele?

Pergunta e resposta estão no vídeo abaixo, a partir dos 2:40m.

domingo, 12 de setembro de 2010

Até tu, Verônica?!?!?

Extinta empresa de Verônica Serra expôs os dados bancários de 60 milhões de brasileiros obtidos em acordo questionável com o governo FHC

Leandro Fortes - Carta Capital

Em 30 de janeiro de 2001, o peemedebista Michel Temer, então presidente da Câmara dos Deputados, enviou um ofício ao Banco Central, comandado à época pelo economista Armínio Fraga. Queria explicações sobre um caso escabroso.

Naquele mesmo mês, por cerca de 20 dias, os dados de quase 60 milhões de correntistas brasileiros haviam ficado expostos à visitação pública na internet, no que é, provavelmente uma das maiores quebras de sigilo bancário da história do País. O site responsável pelo crime, filial brasileira de uma empresa argentina, se chamava Decidir.com e, curiosamente, tinha registro em Miami, nos Estados Unidos, em nome de seis sócios. Dois deles eram empresárias brasileiras: Verônica Allende Serra e Verônica Dantas Rodenburg.

Ironia do destino, a advogada Verônica Serra, 41 anos, é hoje a principal estrela da campanha política do pai, José Serra, justamente por ser vítima de uma ainda mal explicada quebra de sigilo fiscal cometida por funcionários da Receita Federal. A violação dos dados de Verônica tem sido extensamente explorada na campanha eleitoral. Serra acusou diretamente Dilma Rousseff de responsabilidade pelo crime, embora tenha abrandado o discurso nos últimos dias.

Naquele começo de 2001, ainda durante o segundo mandato do presidente FHC, Temer não haveria de receber uma reposta de Fraga. Esta, se enviada algum dia, nunca foi registrada no protocolo da presidência da Casa. O deputado deixou o cargo menos de um mês depois de enviar o ofício ao Banco Central e foi sucedido pelo tucano Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais, hoje candidato ao Senado. Passados nove anos, o hoje candidato a vice na chapa de Dilma Rousseff garante que nunca mais teve qualquer informação sobre o assunto, nem do Banco Central nem de autoridade federal alguma. Nem ele nem ninguém.

Graças à leniência do governo FHC e à então boa vontade da mídia, que não enxergou, como agora, nenhum indício de um grave atentado contra os direitos dos cidadãos, a história ficou reduzida a um escândalo de emissão de cheques sem fundos por parte de deputados federais.

Temer decidiu chamar o Banco Central às falas no mesmo dia em que uma matéria da Folha de São Paulo informava que, graças ao passe livre do Decidir.com, era possível a qualquer um acessar não só os dados bancários de todos os brasileiros com conta corrente ativa, mas também o Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF), a chamada “lista negra”do BC. Com base nessa facilidade, o jornal paulistano acessou os dados bancários de 692 autoridades brasileiras e se concentrou na existência de 18 deputados enrolados com cheques sem fundos, posteriormente constrangidos pela exposição pública de suas mazelas financeiras.

Entre esses parlamentares despontava o deputado Severino Cavalcanti, então do PPB (atual PP) de Pernambuco, que acabaria por se tornar presidente da Câmara dos Deputados, em 2005, com o apoio da oposição comandada pelo PSDB e pelo ex-PFL (atual DEM). Os congressistas expostos pela reportagem pertenciam a partidos diversos: um do PL, um do PPB, dois do PT, três do PFL, cinco do PSDB e seis do PMDB. Desses, apenas três permanecem com mandato na Câmara, Paulo Rocha (PT-PA), Gervásio Silva (DEM-SC) e Aníbal Gomes (PMDB-CE).

Por conta da campanha eleitoral, CartaCapital conseguiu contato com apenas um deles, Paulo Rocha. Via assessoria de imprensa, ele informou apenas não se lembrar de ter entrado ou não com alguma ação judicial contra a Decidir.com por causa da quebra de sigilo bancário.

Na época do ocorrido, a reportagem da Folha ignorou a presença societária na Decidir.com tanto de Verônica Serra, filha do candidato tucano, como de Verônica Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity. Verônica D. e o irmão Dantas foram indiciados, em 2008, pela Operação Satiagraha, da Polícia Federal, por crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação fiscal, formação de quadrilha, gestão fraudulenta de instituição financeira e empréstimo vedado.

Verônica também é investigada por participação no suborno a um delegado federal que resultou na condenação do irmão a dez anos de cadeia. E também por irregularidades cometidas pelo Opportunity Fund: nos anos 90, à revelia das leis brasileiras, o fundo operava dinheiro de nacionais no exterior por meio de uma facilidade criada pelo BC chamada Anexo IV e dirigida apenas a estrangeiros.

A forma como a empresa das duas Verônicas conseguiu acesso aos dados de milhões de correntistas brasileiros, feita a partir de um convênio com o Banco do Brasil, sob a presidência do tucano Paolo Zaghen, é fruto de uma negociação nebulosa. A Decidir.com não existe mais no Brasil desde março de 2002, quando foi tornada inativa em Miami, e a dupla tem se recusado, sistematicamente, a sequer admitir que fossem sócias, apesar das evidências documentais a respeito.

À época, uma funcionária do site, Cíntia Yamamoto, disse ao jornal que a Decidir.com dedicava-se a orientar o comércio sobre a inadimplência de pessoas físicas e jurídicas, nos moldes da Serasa, empresa criada por bancos em 1968. Uma “falha”no sistema teria deixado os dados abertos ao público. Para acessá-los, bastava digitar o nome completo dos correntistas.

A informação dada por Yamamoto não era, porém, verdadeira. O site da Decidir.com, da forma como foi criado em Miami, tinha o seguinte aviso para potenciais clientes interessados em participar de negócios no Brasil: “encontre em nossa base de licitações a oportunidade certa para se tornar um fornecedor do Estado”. Era, por assim dizer, um balcão facilitador montado nos Estados Unidos que tinha como sócias a filha do então ministro da Saúde, titular de uma pasta recheada de pesadas licitações, e a irmã de um banqueiro que havia participado ativamente das privatizações do governo FHC.

A ação do Decidir.com é crime de quebra de sigilo fiscal. O uso do CCF do Banco Central é disciplinado pela Resolução 1.682 do Conselho Monetário Nacional, de 31 de janeiro de 1990, que proíbe divulgação de dados a terceiros. A divulgação das informações também é caracterizada como quebra de sigilo bancário pela Lei n˚ 4.595, de 1964.

O Banco Central deveria ter instaurado um processo administrativo para averiguar os termos do convênio feito entre a Decidir.com e o Banco do Brasil, pois a empresa não era uma entidade de defesa do crédito, mas de promoção de concorrência. As duas também deveriam ter sido alvo de uma investigação da polícia federal, mas nada disso ocorreu. O ministro da Justiça de então era José Gregori, atual tesoureiro da campanha de Serra.

A inércia do Ministério da Justiça, no caso, pode ser explicada pelas circunstâncias políticas do período. A Polícia Federal era comandada por um tucano de carteirinha, o delgado Agílio Monteiro Filho, que chegou a se candidatar, sem sucesso, à Câmara dos Deputados em 2002, pelo PSDB. A vida de Serra e de outros integrantes do partido, entre os quais o presidente Fernando Henrique, estava razoavelmente bagunçada por conta de outra investigação, relativa ao caso do chamado Dossiê Cayman, uma papelada falsa, forjada por uma quadrilha de brasileiros em Miami, que insinuava a existência de uma conta tucana clandestina no Caribe para guardar dinheiro supostamente desviado das privatizações.

Portanto, uma nova investigação a envolver Serra, ainda mais com a família de Dantas a reboque, seria politicamente um desastre para quem pretendia, no ano seguinte, se candidatar à Presidência. A morte súbita do caso, sem que nenhuma autoridade federal tivesse se animado a investigar a monumental quebra de sigilo bancário não chega a ser, por isso, um mistério insondável.

Além de Temer, apenas outro parlamentar, o ex-deputado bispo Wanderval, que pertencia ao PL de São Paulo, se interessou pelo assunto. Em fevereiro de 2001, ele encaminhou um requerimento de informações ao então ministro da Fazenda, Pedro Malan, no qual solicitava providências a respeito do vazamento de informações bancárias promovido pela Decidir.com.

Fora da política desde 2006, o bispo não foi encontrado por CartaCapital para informar se houve resposta. Também procurada, a assessoria do Banco Central não deu qualquer informação oficial sobre as razões de o órgão não ter tomado medidas administrativas e judiciais quando soube da quebra de sigilo bancário.

Fundada em 5 de março de 2000, a Decidir.com foi registrada na Divisão de Corporações do estado da Flórida, com endereço em um prédio comercial da elegante Brickell Avenue, em Miami. Tratava-se da subsidiária americana de uma empresa de mesmo nome criada na Argentina, mas também com filiais no Chile (onde Verônica Serra nasceu, em 1969, quando o pai estava exilado), México, Venezuela e Brasil.

A diretoria-executiva registrada em Miami era composta, além de Verônica Serra, por Verônica Dantas, do Oportunity, Brian Kim, do Citibank, e por mais três sócios da Decidir.com da Argentina, Guy Nevo, Esteban Nofal e Esteban Brenman. À época, o Citi era o grande fiador dos negócios de Dantas mundo afora. Segundo informação das autoridades dos Estados Unidos, a empresa fechou dois anos depois, em 5 de março de 2002. Manteve-se apenas em Buenos Aires, mas com um novo slogan: “com os nossos serviços você poderá concretizar negócios seguros, evitando riscos desnecessários”.

Quando se associou a Verônica D. Na Decidir.com, em 2000, Verônica S. era diretora para a América Latina da companhia de investimentos International Real Returns (IRR), de Nova York, que administrava uma carteira de negócios de 660 bilhões de dólares. Advogada formada pela Universidade de São Paulo, com pós-graduação em Harvard, nos EUA, Verônica S. também se tornou conselheira de uma série de companhias dedicadas ao comércio digital na América Latina, entre elas a Patagon.com, Chinook.com, TokenZone.com, Gemelo.com, Edgix, BB2W, Latinarte.com, Movilogic e Endeavor Brasil. Entre 1997 e 1998, havia sido vice-presidente da Leucadia National Corporation, uma companhia de investimentos de 3 bilhões de dólares especializada nos mercados da América Latina, Ásia e Europa. Também foi funcionária do Goldman Sachs, em Nova York.

Verônica S. ainda era sócia do pai na ACP – Análise da Conjuntura Econômica e Perspectivas Ltda, fundada em 1993. A empresa funcionava em um escritório no bairro da Vila Madalena, em São Paulo, cujo proprietário era o cunhado do candidato tucano, Gregório Marin Preciado, ex-integrante do conselho de administração do Banco do Estado de São Paulo (Banespa), nomeado quando Serra era secretário de Planejamento do governo de São Paulo, em 1993.

Preciado obteve uma redução de dívida no Banco do Brasil de 448 milhões de reais para irrisórios 4,1 milhões de reais no governo FHC, quando Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-arrecadador de campanha de Serra, era diretor da área internacional do BB e articulava as privatizações.

Por coincidência, as relações de Verônica S. com a Decidir.com e a ACP fazem parte do livro Os Porões da Privataria, a ser lançado pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr. Em 2011.

De acordo com o texto de Ribeiro Jr., a Decidir.com foi basicamente financiada, no Brasil, pelo Banco Opportunity com um capital de 5 milhões de dólares. Em seguida, transferiu-se, com o nome de Decidir International Limited, para o escritório do Ctco Building, em Road Town, Ilha de Tortola, nas Ilhas Virgens Britânicas, famoso paraíso fiscal no Caribe.

De lá, afirma o jornalista, a Decidir.com internalizou 10 milhões de reais em ações da empresa no Brasil, que funcionava no escritório da própria Verônica S. A essas empresas deslocadas para vários lugares, mas sempre com o mesmo nome, o repórter apelida, no livro, de “empresas-camaleão”.

Oficialmente, Verônica S. e Verônica D. abandonaram a Decidir.com em março de 2001 por conta do chamado “estouro da bolha” da internet – iniciado um ano antes, em 2000, quando elas se associaram em Miami. A saída de ambas da sociedade coincide, porém, com a operação abafa que se seguiu à notícia sobre a quebra de sigilo bancário dos brasileiros pela companhia.

Em julho de 2008, logo depois da Operação Satiagraha, a filha de Serra chegou a divulgar uma nota oficial para tentar descolar o seu nome da irmã de Dantas. “Não conheço Verônica Dantas, nem pessoalmente, nem de vista, nem por telefone, nem por e-mail”, anunciou.

Segundo ela, a irmã do banqueiro nunca participou de nenhuma reunião de conselho da Decidir.com. Os encontros mensais ocorriam, em geral, em Buenos Aires. Verônica Serra garantiu que a xará foi apenas “indicada”pelo Consórcio Citibank Venture Capital (CVC)/Opportunity como representante no conselho de administração da empresa fundada em Miami. Ela também negou ter sido sócia da Decidir.com, mas apenas “representante”da IRR na empresa. Mas os documentos oficiais a desmentem.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Como é bom ler o blog da Míriam Leitão...

Emprego na indústria avança pela sétima vez seguida

Nuci cai pela 3ª vez, enquanto atividade industrial cresce

BC diz que aumentou a potência da política monetária

Brasil tem três meses de inflação zero


Sirvam-se à vontade!

Pra quê isso?

Essa musiquinha, fala sério, exagerou! As pessoas vão votar na Dilma porque aprovam o governo, não é de mãe que o Brasil precisa.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Senado romeno veta imposto para bruxas

Com medo de serem amaldiçoados, senadores romenos rejeitaram a proposta que estabelecia a cobrança de impostos sobre previsões e bruxarias e responsabilizava legalmente os profissionais do ramo por serviços que não viessem a se concretizar.

Bruxos são ateus por princípio e, considerada uma heresia, a bruxaria foi violentamente combatida na Idade Média (e até nos dias atuais). A bruxaria é seguida por milhares de praticantes no mundo inteiro.

A última execução de uma pessoa acusada de bruxaria ocorreu na Suíça, em 1782. Ana Göldi, decapitada por acusação de envenenar uma criança, foi reabilitada recentemente pela justiça local.

Irâ suspende apedrejamento de Sakineh

Mas família exige provas

A chancelaria iraniana anunciou esta semana a suspensão da pena de morte por apedrejamento de Sakineh Mohamadih Ashtiani, condenada por acusações de adultério e participação no assassinato do marido. Os iraniamnos negam mas avalia-se que a pressão internacional foi o que impediu a execução da mulher. Os filhos de Sakineh, dizem que não receberam nenhum documento oficial confirmando a suspensão da pena e apelam à comunidade internacional para manter a pressão. O filho de Sakineh, Sajjad, apelou diretamente ao Brasil e à Turquia para que não deixem de lutar pela libertação de sua mãe.

Dirceu no governo

Outro dia foi a Cristiane Pelajo, fazendo o tipo sargentão de interrogatório, interpelando (embora jure que foi só uma entrevista) Dilma. Hoje o Merval Pereira dedica quase uma coluna inteira à participação de José Dirceu num eventual futuro governo. Parece até torcida. Se continuarem com a campanha, não será surpresa a nomeação do "chefe da quadrilha", de volta à Casa Civil.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A notícia que William Bonner não deu

Servidora citada em quebra de sigilo é filiada ao PMDB, diz TRE

A assessoria do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) informou na manhã desta terça-feira (7) que Ana Maria Rodrigues Caroto Cano, servidora da Receita Federal citada no inquérito que apura o envolvimento de funcionários do órgão na quebra de sigilos fiscais, é filiada ao PMDB paulista desde setembro de 1981.

(JusBrasil)

Atualização: Por questão de justiça é preciso registrar que Folha, Globo e Estadão noticiaram a filiação de Ana Maria Canon (que não entre pelo sobrenome). Mas ao contrário do contador de Mauá e do analista de Formiga, que mereceram destaque na primeiras páginas, escondidinha, lá onde quase ninguém lê, e sem qualquer mencionar que é o PMDB do Quércia, aliado de Serra...

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Qualquer semelhança...

Cientistas observam chimpanzés desativando armadilhas humanas

Matt Walker

Editor da BBC Earth News



Chimpanzés selvagens estão aprendendo a driblar as armadilhas de caçadores humanos nas florestas da Guiné, segundo pesquisadores.

O que mais impressionou os especialistas é que os chimpanzés tomam a iniciativa de procurar e desativar as armadilhas sem se machucar.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Receita devolve ao Serpro funcionária suspeita de vender dados

A Receita Federal devolveu a servidora Adeilda Ferreira ao Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), seu órgão de origem. A funcionária responde a um processo administrativo da Corregedoria da Receita por permitir acesso a dados fiscais sigilosos de contribuintes a partir de seu terminal. Há suspeita de que os dados eram vendidos no mercado negro.

Na onda vermelha

Desde o mês passado as pesquisas começaram a mostrar que o movimento que impulsiona Dilma Roussef à vitória nas eleições já no primeiro turno estão empurrando também as demais candidaturas majoritárias e proporcionais apoiadas por Lula. Em São Paulo, Aloísio Mercadante, embora ainda longe de Alkmin, (47% a 23%) começa a crescer entre os leitores de Dilma e entre os que aprovam o governo Lula. Para o Senado, Netinho de Paula, do PC do B, empatou com Quércia, que desistiu para cuidar da saúde, e periga ir para Brasília com Martha Suplicy. No Rio de Janeiro, depois que Lula passou a pedir votos na televisão, Lindberg embolou-se com Crivella e Cesar Maia.

Com os índices favoráveis a Dilma praticamente consolidados há menos de um mês das eleições, a estratégia agora é trabalhar para ampliar a representação no Congresso, principalmente no Senado, onde o governo só tem maioria simples. Mas a oposição também quer tirar sua casquinha na popularidade do presidente. Serra teve que parar de usar a imagem de Lula, até porque seria difícil fazer alguém engolir a história de sua amizade com o presidente e ao mesmo tempo berrar que Dilma é culpada pela quebra do sigilo de sua filha. Mas na hora da boca de urna, dou um doce se não aparecer santinho de oposicionista ladeado por Dilma e Lula.

Porque Dilma

Consolidar a ruptura histórica operada pelo PT

Leonardo Boff

Para mim o significado maior desta eleição é consolidar a ruptura que Lula e o PT instauraram na história política brasileira. Derrotaram as elites econômico-financeiras e seu braço ideológico a grande imprensa comercial. Notoriamente, elas sempre mantiveram o povo à margem da cidadania, feito, na dura linguagem de nosso maior historiador mulato, Capistrano de Abreu,”capado e recapado, sangrado e ressangrado”.

Elas estiveram montadas no poder por quase 500 anos. Organizaram o Estado de tal forma que seus privilégios ficassem sempre salvaguradados. Por isso, segundo dados do Banco Mundial, são aquelas que, proporcionalmente, mais acumulam no mundo e se contam, política e socialmente, entre as mais atrasadas e insensíveis. São vinte mil famílias que, mais ou menos, controlam 46% de toda a riqueza nacional, sendo que 1% delas possui 44% de todas as terras. Não admira que estejamos entre os paises mais desiguais do mundo, o que equivale dizer, um dos mais injustos e perversos do planeta.

Até a vitória de um filho da pobreza, Lula, a casa grande e a senzala constituíam os gonzos que sustentavam o mundo social das elites. A casa grande não permitia que a senzala descobrisse que a riqueza das elites fôra construida com seu trabalho superexplorado, com seu sangue e suas vidas, feitas carvão no processo produtivo. Com alianças espertas, embaralhavam diferentemente as cartas para manter sempre o mesmo jogo e, gozadores, repetiam:”façamos nós a revolução antes que o povo a faça”.

E a revolução consistia em mudar um pouco para ficar tudo como antes. Destarte, abortavam a emergência de um outro sujeito histórico de poder, capaz de ocupar a cena e inaugurar um tempo moderno e menos excludente. Entretanto, contra sua vontade, irromperam redes de movimentos sociais de resistência e de autonomia. Esse poder social se canalizou em poder político até conquistar o poder de Estado.

Escândalo dos escândalos para as mentes súcubas e alinhadas aos poderes mundiais: um operário, sobrevivente da grande tribulação, representante da cultura popular, um não educado academicamente na escola dos faraós, chegar ao poder central e devolver ao povo o sentimento de dignidade, de força histórica e de ser sujeito de uma democracia republicana, onde “a coisa pública”, o social, a vida lascada do povo ganhasse centralidade.

Na linha de Gandhi, Lula anunciou: “não vim para administrar, vim para cuidar; empresa eu administro, um povo vivo e sofrido eu cuido”. Linguagem inaudita e instauradora de um novo tempo na política brasileira. A “Fome Zero”, depois a “Bolsa Família”, o “Crédito consignado”, o “Luz para todos”, a “Minha Casa, minha Vida, a “Agricultura familiar, o “Prouni”, as “Escolas profissionais”, entre outras iniciativas sociais permitiram que a sociedade dos lascados conhecesse o que nunca as elites econômico-financeiras lhes permitiram: um salto de qualidade. Milhões passaram da miséria sofrida à pobreza digna e laboriosa e da pobreza para a classe média. Toda sociedade se mobilizou para melhor.

Mas essa derrota inflingida às elites excludentes e anti-povo, deve ser consolidada nesta eleição por uma vitória convincente para que se configure um “não retorno definitivo” e elas percam a vergonha de se sentirem povo brasileiro assim como é e não como gostariam que fosse. Terminou o longo amanhecer.

Houve três olhares sobre o Brasil. Primeiro, foi visto a partir da praia: os índios assistindo a invasão de suas terras. Segundo, foi visto a partir das caravelas: os portugueses “descobrindo/encobrindo” o Brasil. O terceiro, o Brasil ousou ver-se a si mesmo e aí começou a invenção de uma república mestiça étnica e culturalmente que hoje somos.

O Brasil enfrentou ainda quatro duras invasões: a colonização que dizimou os indígenas e introduziu a escravidão; a vinda dos povos novos, os emigrantes europeus que substituirem índios e escravos; a industrialização conservadora de substituição dos anos 30 do século passado mas que criou um vigoroso mercado interno e, por fim, a globalização econômico-financeira, inserindo-nos como sócios menores.

Face a esta história tortuosa, o Brasil se mostrou resiliente, quer dizer, enfrentou estas visões e intromissões, conseguindo dar a volta por cima e aprender de suas desgraças. Agora está colhendo os frutos.

Urge derrotar aquelas forças reacionárias que se escondem atrás do candidato da oposição. Não julgo a pessoa, coisa de Deus, mas o que representa como ator social. Ceslo Furtado, nosso melhor pensador em economia, morreu deixando uma advertência, título de seu livro A construção interrompida(1993):”Trata-se de saber se temos um futuro como nação que conta no devir humano. Ou se prevalecerão as forças que se empenham em interromer o nosso processo histórico de formação de um Estado-nação”(p.35).

Estas não podem prevalecer. Temos condições de completar a construção do Brasil, derrotando-as com Lula e as forças que realizarão o sonho de Celso Furtado e o nosso.

domingo, 5 de setembro de 2010

A Peneira Federal

A questão não é saber onde está o sigilo da Verônica Serra, como perguntou o presidente no comício de ontem em Guarulhos. Também não cabe a crítica do presidente Lula ao programa eleitoral do Serra por usar o vazamento de informações sigilosas de correligionários do candidato e de sua filha extraídas dos computadores da Receita Federal, a quem cabe guardá-los. O Serra está certíssimo em levar o caso à campanha eleitoral. O PT faria um escarcéu muito maior se a situação fosse inversa. Enquanto tucanos acusam petistas pela violação dos dados, petistas rebatem dizendo que tudo foi armação tucana para incriminar a campanha governista. Armação tucana ou petista, o fato é que informações que jamais poderiam ter saído dos sistemas da Receita (que já está sendo chamada de Peneira Federal) podem ser encontradas bem ali na esquina há mais de um ano. E até agora ninguém foi preso.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Sungha Jung

Dá uma vontade de votar no Serra...

... quando a gente lê o índice de matérias do caderno Morar Bem, do Globo Online...

11h54m
No Arte de Portas Abertas, em Santa Teresa, peças decorativas que quebram a monotonia dos ambientes

19h49m
Construtoras poderão ser multadas por atraso na entrega de empreendimentos

16h41m
Déficit habitacional cai com a construção de 450 mil novas moradias desde 2007

12h26m
Crédito imobiliário para casais gays ganha mais mercado

12h06m
Casa moderna com tecnologias sustentáveis é construída em cidade industrial

11h29m
Construção civil retoma ritmo mais puxado de crescimento

12h03m
Um terço dos imóveis ofertados em julho foi alugado no mesmo mês

20h27m
Na Casa Cor, ambientes de apoio se destacam pela criatividade

20h26m
A decoração é mais uma das frentes de trabalho do versátil Moska

20h26m
Mudanças no visual do Rio não param tão cedo: licença para obras volta a crescer

08h26m
Estudantes apresentam sala reformada com menos de mil reais

12h19m
Indústria de materiais de construção segue capaz de atender à demanda aquecida, diz sondagem da Abramat

11h36m
Índice de custo da construção da FGV avança 0,22% em agosto

16h34m
Construção civil registra aumento na geração de empregos no país, mas Rio sofre desaceleração

16h14m
Vendas de moradias novas nos EUA caem à mínima recorde

09h52m
Concrete Show começa nesta quarta-feira, com mais de 400 expositores

21h42m
Especulação imobiliária no Brasil não dá sinais de queda

14h53m
Vendas de moradias usadas nos EUA desabam 27,2% em julho

11h28m
Projetos de arquitetos brasileiros estão entre os finalistas do World Architecture Festival 2010

12h15m
Franceses constroem castelo com técnicas medievais

22h08m
Paredes transparentes dão a sensação de que a paisagem em volta faz parte da decoração

22h07m
Mercado ganha dois projetos alternativos de casas com material sustentável

22h04m
Casa em formato de cubo contrasta com a paisagem serrana de Petrópolis

22h03m
Blogs e sites que mostram como vivem as pessoas comuns caem no gosto de arquitetos e decoradores

12h09m
Peças em resina ganham destaque na decoração dos ambientes

16h29m
Preços de imóveis residenciais em SP sobem 8% no semestre, diz Secovi

15h27m
Índice que reajusta a maioria dos contratos de aluguel sobe 0,55% na segunda prévia de agosto

15h04m
Cyrela minimiza importância de ser líder em construção no país

12h25m
Imóvel na planta: contrato deve apresentar detalhes sobre mobiliário e equipamentos de áreas comuns

10h27m
Vendas de imóveis novos em SP crescem 18,4% no 1o semestre

11h46m
Vendas de materiais de construção crescem 18,1% no ano

13h01m
Para objetos à vista e ao alcance das mãos, com muito estilo

12h37m
De depósito improvisado a um cômodo com mil e uma utilidades

08h35m
Mesmo sem experiência em decoração, blogueiras dão dicas bacanas e fazem sucesso na internet

Escondidinha...

Se o Serra sabia...

... desde janeiro que o sigilo de sua filha tinha sido violado, por que vem reclamar só agora?

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Stephen Hawking: "universo criou-se do nada"

Em 1988, ao lançar seu best seller, Uma Breve História do Tempo, o professor Stephen Hawking surpreendeu afirmando que a existência de um criador não era incompatível com a ciência. Em novo livro, Hawking surpreende de novo, agora ao contestar a teoria de Isaac Newton, a quem sucede na Universidade de Cambridge e garantir: "não há lugar para Deus nas teorias de criação do universo".

Em 2006, Hawking, com outros renomados cientistas, participou de uma hilária entrevista coletiva na sede da Academia Real de Ciências, em Washington D.C. A pedido de autoridades religiosas como o próprio João Paulo II, eles se reuniram para discutir "a hipótese divina". Depois de muita discussão e alguma troca de sopapos, os cientistas anunciaram, muito a sério, que a frase "foi Deus" explicava tudo o que não podia ser explicado.

E na falta do que dizer...

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

E daí?



Ainda não consegui verificar. Mas pelo interesse da Globo e o frenesi que o tema provoca na oposição, políticos que tiveram seus direitos políticos cassados podem perfeitamente ser nomeados para cargos de confiança nas esferas federal, estadual e municipal.

Já que o Serra quer porque quer tocar a Saúde no próximo governo, que tal o Roberto Jefferson dirigindo o Banco Central?

Priiii!!!

Como dizíamos...

Como dizíamos: Priiiiiii!!!!