sábado, 6 de novembro de 2010
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Liberdade para Sakineh
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Um Metrô em baixo do tapete!!!
Só o Estadão deu continuidade ao escândalo da concorrência de cartas marcadas das obras do Metrô de São Paulo. Assim mesmo, o governo tucano posa como vítima de uma armação das empreiteiras, como se uma trampa dessas pudesse ser feito sem a participação de altos funcionários. Só faltou dizer que se trata de empresários petistas. Mas isso fica para amanhã, em todos os jornais.

terça-feira, 26 de outubro de 2010
Metrô: patifaria tucana vira bom mocismo na imprensa
O Globo:
Após denúncia sobre licitação do metrô de SP, Serra diz que pode ter acontecido acordo entre construtoras
Folha:
Governo de SP determina suspensão do andamento da licitação de lotes do metrô
Estadão:
Goldman suspende processo de licitação da Linha 5 do Metrô de SP
Veja:
Governo de SP suspende processamento de licitação
Não é uma gracinha? Aqueles empresários malvados combinaram tudo entre si e, claro, naturalmente, não havia ninguém do governo paulista envolvido na tramóia, evidente. Se não fosse a Folha estar vigilante... Afinal, não é o governo federal!!!
Após denúncia sobre licitação do metrô de SP, Serra diz que pode ter acontecido acordo entre construtoras
Folha:
Governo de SP determina suspensão do andamento da licitação de lotes do metrô
Estadão:
Goldman suspende processo de licitação da Linha 5 do Metrô de SP
Veja:
Governo de SP suspende processamento de licitação
Não é uma gracinha? Aqueles empresários malvados combinaram tudo entre si e, claro, naturalmente, não havia ninguém do governo paulista envolvido na tramóia, evidente. Se não fosse a Folha estar vigilante... Afinal, não é o governo federal!!!
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Sons de carrilhões - João Pernambuco
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sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Quebra de sigilo: O Estado de Minas pagou Amaury
Polícia Federal descarta investigar campanha de Dilma
O delegado da Políca Federal, Alessandro Moretti, da equipe que investiga a quebra de sigilo fiscal de dirigentes tucanos e da filha José Serra, afirmou que todas as despesas do jornalista Amaury Ribeiro com as viagens e obtenção dos documentos fiscais foram pagas pelo jornal "O Estado de Minas".
Para o diretor da Polícia Federal, Luiz Fernando Correia, o caso sobre a quebra de sigilo está esclarecido e eventuais investigações adicionais não terão impacto no resultado da investigação.
Leia mais: >>>>
O delegado da Políca Federal, Alessandro Moretti, da equipe que investiga a quebra de sigilo fiscal de dirigentes tucanos e da filha José Serra, afirmou que todas as despesas do jornalista Amaury Ribeiro com as viagens e obtenção dos documentos fiscais foram pagas pelo jornal "O Estado de Minas".
Para o diretor da Polícia Federal, Luiz Fernando Correia, o caso sobre a quebra de sigilo está esclarecido e eventuais investigações adicionais não terão impacto no resultado da investigação.
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quinta-feira, 21 de outubro de 2010
A maldade petista não tem fim:
Petistas malvados nocaiteiam Serra
terça-feira, 19 de outubro de 2010
A reação da militância
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Marina, a independente
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Mulher de Serra abortou de quatro meses
“Monica Serra já fez um aborto e sou solidária à sua dor”, afirma ex-aluna da mulher de presidenciável
O desempenho do presidenciável tucano, José Serra, no debate do último domingo pela TV Bandeirantes, foi a gota d’água para uma eleitora brasileira. O silêncio do candidato diante da reclamação formulada pela adversária, Dilma Rousseff (PT) – de que fora acusada pela mulher dele, a ex-bailarina e psicoterapeuta Sylvia Monica Allende Serra, de “matar criancinhas” –, causou indignação em Sheila Canevacci Ribeiro, a ponto de levá-la até sua página em uma rede social, onde escreveu um desabafo que tende a abalar o argumento do postulante ao Palácio do Planalto acerca do tema que divide o país, no segundo turno das eleições. A coreógrafa Sheila Ribeiro relata, em um depoimento emocionado, que a ex-professora do Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Monica Serra relatou às alunas da turma de 1992, em sala de aula, que foi levada a fazer um aborto “no quarto mês de gravidez”.
Leia mais no Correio do Brasil >>>>

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domingo, 10 de outubro de 2010
Serra lança o maior programa de compra de votos do mundo:
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Leonardo no Villa
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Eu qui fiz ! ! !
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caldeirada de polvo,
Telefone sem fio
Sua filha deve ir para a cadeia se fizer um aborto?
domingo, 3 de outubro de 2010
É proibido, mas...
Nas eleições de 2008, traficantes do Rio de Janeiro, interessados em estender seus domínios à Câmara Municipal, obrigavam os moradores dos morros cariocas a fotografar com telefones celulares os votos para vereador a fim de comprovar junto à fiscalização competente sua fidelidade aos interesses maiores de suas comunidades de acordo com os princípios estabelecidos pela autoridades locais. Ao tomar conhecimento da concorrência, o TRE proibiu a utilização de celulares e câmeras fotográficas dentro das cabines eleitorais. Dos mesários aos eleitores, ninguém deu bola à proibição e nessas eleições um dos divertimentos preferidos dos internautas é exibir seus votos nos blogues e redes sociais. Para não ficar atrás, aí vai o nosso:
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sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Governo pode eleger 60 senadores
Deu no Vermelho:
Caso vença a disputa presidencial, Dilma Rousseff, da coligação Para o Brasil Seguir Mudando, terá no Senado uma maioria muito mais ampla do que a desfrutada por Lula. >>>>
Caso vença a disputa presidencial, Dilma Rousseff, da coligação Para o Brasil Seguir Mudando, terá no Senado uma maioria muito mais ampla do que a desfrutada por Lula. >>>>
Dilma apoia o Serra...
No último dia de campanha, os eleitores do Serra, em sua totalidade, no Largo da Carioca, ensaiavam novo refrão para tentar levar a eleição para o segundo turno:
"Dilma apoia o Serra
Dilma apoia o Serra",
cantavam, ensusiasmados, os gaiatos tucanos. Pena que só deu para tirar a foto....
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Desespero tucano: Eduardo Jorge mente e Banco do Brasil desmente
Deu no iG:
Poucas horas após o vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, denunciar que, segundo inquérito da Polícia Federal, sua conta corrente no Banco do Brasil teria sido violada, o BB negou a acusação. Em nota distribuída à imprensa, o Banco do Brasil "repudia qualquer afirmação de que a conta tenha sido acessada sem motivos profissionais". Mais: >>>>
Poucas horas após o vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, denunciar que, segundo inquérito da Polícia Federal, sua conta corrente no Banco do Brasil teria sido violada, o BB negou a acusação. Em nota distribuída à imprensa, o Banco do Brasil "repudia qualquer afirmação de que a conta tenha sido acessada sem motivos profissionais". Mais: >>>>
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Vermelho: Dilma ainda tem 55% de votos válidos na média das pesquisas
Embora a pesquisa Datafolha feita nesta segunda-feira (28) aponte queda de Dilma Rousseff e possibilidade de haver segundo turno na corrida presidencial, a candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando ainda é favorita a vencer as eleições já em 3 de outubro. Na média das quatro sondagens mais recentes, Dilma tem 55% dos votos válidos. >>>>
O excesso de liberdade de José Dirceu
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José Dirceu
Fui entrevistado pelo Ibope, nhá, nhá, nhá!
Foi a primeira vez nos últimos 56 anos. Pelo telefone. E o entrevistador, Felipe, ainda perguntou se quero participar de outras entrevistas.
Não é emocionante?
Não é emocionante?
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
PiG quer cassar Tiririca mas MP vacila

Mas o próprio Ministério Público tem dúvidas se o analfabetismo de Tiririca é suficiente para impedi-lo de candidatar-se. Não são poucos os artigos e pareceres jurídicos sobre o tema, publicados na internet, a avisar que "os meios de convicção do juiz acerca da condição de alfabetizado podem variar desde desde a simples conferência da aposição de assinatura no pedido, por parte do pleiteante ao registro, até a realização de exame específico das habilidades de leitura e escrita do requerente".
Tiririca pode não saber ler e escrever. Mas não precisou disso para ser comediante talentoso e querido do público, cantor, compositor, poeta, mágico, artista e empresário circence, entre outras profissões. Ou seja, sabe fazer mais do que muitos doutores que usam o diploma apenas para enfeitar paredes.
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A mídia comercial em guerra contra Lula e Dilma
25/9/2010 17:41, Por Leonardo Boff - do Rio de Janeiro
(Faltando seis dias para as eleições, mídia conservadora tenta esconder espinafração do frei transformando-o em especialista em energia quântica. Mas o artigo certo saiu no Correio do Brasil, de onde foi copiado sem a devida autorização):
Sou profundamente pela liberdade de expressão em nome da qual fui punido com o “silêncio obsequioso” pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser preso e torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o Brasil Nunca Mais, onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes militares, o que acelerou a queda do regime autoritário.
Esta história de vida me avalisa fazer as críticas que ora faço ao atual enfrentamento entre o Presidente Lula e a midia comercial que reclama ser tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de ideias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.
Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando veem seus interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como “famiglia” mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo Brasil e manter sob tutela a assim chamada opinião pública. São os donos de O Estado de São Paulo, de A Folha de São Paulo, de O Globo, da revista Veja, na qual se instalou a razão cínica e o que há de mais falso e chulo da imprensa brasileira. Estes estão a serviço de um bloco histórico assentado sobre o capital que sempre explorou o povo e que não aceita um presidente que vem desse povo. Mais que informar e fornecer material para a discusão pública, pois essa é a missão da imprensa, esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição.
Na sua fúria, quais desesperados e inapelavelmente derrotados, seus donos, editorialistas e analistas não têm o mínimo respeito devido a mais alta autoridade do país, ao presidente Lula. Nele veem apenas um peão a ser tratado com o chicote da palavra que humilha.
Mas há um fato que eles não conseguem digerir em seu estômago elitista. Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser presidente. Este lugar, a Presidência, assim pensam, cabe a eles, os ilustrados, os articulados com o mundo, embora não consigam se livrar do complexo de vira-latas, pois se sentem meramente menores e associados ao grande jogo mundial. Para eles, o lugar do peão é na fábrica produzindo.
Como o mostrou o grande historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e Reforma), “a maioria dominante, conservadora ou liberal, foi sempre alienada, antiprogresssita, antinacional e não contemporânea. A liderança nunca se reconciliou com o povo. Nunca viu nele uma criatura de Deus, nunca o reconheceu, pois gostaria que ele fosse o que não é. Nunca viu suas virtudes, nem admirou seus serviços ao país, chamou-o de tudo – Jeca Tatu -; negou seus direitos; arrasou sua vida e logo que o viu crescer ela lhe negou, pouco a pouco, sua aprovação; conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que contiua achando que lhe pertence (p.16)”.
Pois esse é o sentido da guerra que movem contra Lula. É uma guerra contra os pobres que estão se libertando. Eles não temem o pobre submisso. Eles têm pavor do pobre que pensa, que fala, que progride e que faz uma trajetória ascedente como Lula. Trata-se, como se depreende, de uma questão de classe. Os de baixo devem ficar em baixo. Ocorre que alguém de baixo chegou lá em cima. Tornou-se o presidente de todos os brasileiros. Isso para eles é simplesmente intolerável.
Os donos e seus aliados ideológicos perderam o pulso da história. Não se deram conta de que o Brasil mudou. Surgiram redes de movimentos sociais organizados, de onde vem Lula, e tantas outras lideranças. Não há mais lugar para coroneis e para “fazedores de cabeça” do povo. Quando Lula afirmou que “a opinião pública somos nós”, frase tão distorcida por essa midia raivosa, quis enfatizar que o povo organizado e consciente arrebatou a pretensão da midia comercial de ser a formadora e a porta-voz exclusiva da opinião pública. Ela tem que renunciar à ditadura da palabra escrita, falada e televisionada e disputar com outras fontes de informação e de opinião.
O povo cansado de ser governado pelas classes dominantes resolveu votar em si mesmo. Votou em Lula como o seu representante. Uma vez no Governo, operou uma revolução conceptual, inaceitável para elas. O Estado não se fez inimigo do povo, mas o indutor de mudanças profundas que beneficiaram mais de 30 milhões de brasileiros. De miseráveis se fizeram pobres laboriosos, de pobres laboriosos se fizeram classe média baixa e de classe média baixa de fizeram classe média. Começaram a comer, a ter luz em casa, a poder mandar seus filhos para a escola, a ganhar mais salário, em fim, a melhorar de vida.
Outro conceito innovador foi o desenvolvimento com inclusão soicial e distribuição de renda. Antes havia apenas desenvolvimento/crescimento que beneficiava aos já beneficiados à custa das massas destituidas e com salários de fome. Agora ocorreu visível mobilização de classes, gerando satisfação das grandes maiorias e a esperança que tudo ainda pode ficar melhor. Concedemos que no Governo atual há um déficit de consciência e de práticas ecológicas. Mas, importa reconhecer que Lula foi fiel à sua promessa de fazer amplas políticas públicas na direção dos mais marginalizados.
O que a grande maioria almeja é manter a continuidade deste processo de melhora e de mudança. Ora, esta continuidade é perigosa para a mídia comercial que assiste, assustada, ao fortalecimento da soberania popular que se torna crítica, não mais manipulável e com vontade de ser ator dessa nova história democrática do Brasil. Vai ser uma democracia cada vez mais participativa e não apenas delegatícia. Esta abria amplo espaço à corrupção das elites e dava preponderância aos interesses das classes opulentas e ao seu braço ideológico que é a mídia comercial. A democracia participativa escuta os movimentos sociais, faz do Movimento dos Sem Terra (MST), odiado especialmente pela VEJA, que faz questão de não ver; protagonista de mudanças sociais não somente com referência à terra, mas também ao modelo econômico e às formas cooperativas de produção.
O que está em jogo neste enfrentamento entre a midia comercial e Lula/Dilma é a questão: que Brasil queremos? Aquele injusto, neocoloncial, neoglobalizado e, no fundo, retrógrado e velhista; ou o Brasil novo com sujeitos históricos novos, antes sempre mantidos à margem e agora despontando com energias novas para construir um Brasil que ainda nunca tínhamos visto antes?
Esse Brasil é combatido na pessoa do Presidente Lula e da candidata Dilma. Mas estes representam o que deve ser. E o que deve ser tem força. Irão triunfar a despeito das más vontades deste setor endurecido da midia comercial e empresarial. A vitória de Dilma dará solidez a este caminho novo ansiado e construido com suor e sangue por tantas gerações de brasileiros.
Leonardo Boff é teólogo, filósofo, escritor e representante da Iniciativa Internacional da Carta da Terra.
(Faltando seis dias para as eleições, mídia conservadora tenta esconder espinafração do frei transformando-o em especialista em energia quântica. Mas o artigo certo saiu no Correio do Brasil, de onde foi copiado sem a devida autorização):

Esta história de vida me avalisa fazer as críticas que ora faço ao atual enfrentamento entre o Presidente Lula e a midia comercial que reclama ser tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de ideias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.
Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando veem seus interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como “famiglia” mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo Brasil e manter sob tutela a assim chamada opinião pública. São os donos de O Estado de São Paulo, de A Folha de São Paulo, de O Globo, da revista Veja, na qual se instalou a razão cínica e o que há de mais falso e chulo da imprensa brasileira. Estes estão a serviço de um bloco histórico assentado sobre o capital que sempre explorou o povo e que não aceita um presidente que vem desse povo. Mais que informar e fornecer material para a discusão pública, pois essa é a missão da imprensa, esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição.
Na sua fúria, quais desesperados e inapelavelmente derrotados, seus donos, editorialistas e analistas não têm o mínimo respeito devido a mais alta autoridade do país, ao presidente Lula. Nele veem apenas um peão a ser tratado com o chicote da palavra que humilha.
Mas há um fato que eles não conseguem digerir em seu estômago elitista. Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser presidente. Este lugar, a Presidência, assim pensam, cabe a eles, os ilustrados, os articulados com o mundo, embora não consigam se livrar do complexo de vira-latas, pois se sentem meramente menores e associados ao grande jogo mundial. Para eles, o lugar do peão é na fábrica produzindo.
Como o mostrou o grande historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e Reforma), “a maioria dominante, conservadora ou liberal, foi sempre alienada, antiprogresssita, antinacional e não contemporânea. A liderança nunca se reconciliou com o povo. Nunca viu nele uma criatura de Deus, nunca o reconheceu, pois gostaria que ele fosse o que não é. Nunca viu suas virtudes, nem admirou seus serviços ao país, chamou-o de tudo – Jeca Tatu -; negou seus direitos; arrasou sua vida e logo que o viu crescer ela lhe negou, pouco a pouco, sua aprovação; conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que contiua achando que lhe pertence (p.16)”.
Pois esse é o sentido da guerra que movem contra Lula. É uma guerra contra os pobres que estão se libertando. Eles não temem o pobre submisso. Eles têm pavor do pobre que pensa, que fala, que progride e que faz uma trajetória ascedente como Lula. Trata-se, como se depreende, de uma questão de classe. Os de baixo devem ficar em baixo. Ocorre que alguém de baixo chegou lá em cima. Tornou-se o presidente de todos os brasileiros. Isso para eles é simplesmente intolerável.
Os donos e seus aliados ideológicos perderam o pulso da história. Não se deram conta de que o Brasil mudou. Surgiram redes de movimentos sociais organizados, de onde vem Lula, e tantas outras lideranças. Não há mais lugar para coroneis e para “fazedores de cabeça” do povo. Quando Lula afirmou que “a opinião pública somos nós”, frase tão distorcida por essa midia raivosa, quis enfatizar que o povo organizado e consciente arrebatou a pretensão da midia comercial de ser a formadora e a porta-voz exclusiva da opinião pública. Ela tem que renunciar à ditadura da palabra escrita, falada e televisionada e disputar com outras fontes de informação e de opinião.
O povo cansado de ser governado pelas classes dominantes resolveu votar em si mesmo. Votou em Lula como o seu representante. Uma vez no Governo, operou uma revolução conceptual, inaceitável para elas. O Estado não se fez inimigo do povo, mas o indutor de mudanças profundas que beneficiaram mais de 30 milhões de brasileiros. De miseráveis se fizeram pobres laboriosos, de pobres laboriosos se fizeram classe média baixa e de classe média baixa de fizeram classe média. Começaram a comer, a ter luz em casa, a poder mandar seus filhos para a escola, a ganhar mais salário, em fim, a melhorar de vida.
Outro conceito innovador foi o desenvolvimento com inclusão soicial e distribuição de renda. Antes havia apenas desenvolvimento/crescimento que beneficiava aos já beneficiados à custa das massas destituidas e com salários de fome. Agora ocorreu visível mobilização de classes, gerando satisfação das grandes maiorias e a esperança que tudo ainda pode ficar melhor. Concedemos que no Governo atual há um déficit de consciência e de práticas ecológicas. Mas, importa reconhecer que Lula foi fiel à sua promessa de fazer amplas políticas públicas na direção dos mais marginalizados.
O que a grande maioria almeja é manter a continuidade deste processo de melhora e de mudança. Ora, esta continuidade é perigosa para a mídia comercial que assiste, assustada, ao fortalecimento da soberania popular que se torna crítica, não mais manipulável e com vontade de ser ator dessa nova história democrática do Brasil. Vai ser uma democracia cada vez mais participativa e não apenas delegatícia. Esta abria amplo espaço à corrupção das elites e dava preponderância aos interesses das classes opulentas e ao seu braço ideológico que é a mídia comercial. A democracia participativa escuta os movimentos sociais, faz do Movimento dos Sem Terra (MST), odiado especialmente pela VEJA, que faz questão de não ver; protagonista de mudanças sociais não somente com referência à terra, mas também ao modelo econômico e às formas cooperativas de produção.
O que está em jogo neste enfrentamento entre a midia comercial e Lula/Dilma é a questão: que Brasil queremos? Aquele injusto, neocoloncial, neoglobalizado e, no fundo, retrógrado e velhista; ou o Brasil novo com sujeitos históricos novos, antes sempre mantidos à margem e agora despontando com energias novas para construir um Brasil que ainda nunca tínhamos visto antes?
Esse Brasil é combatido na pessoa do Presidente Lula e da candidata Dilma. Mas estes representam o que deve ser. E o que deve ser tem força. Irão triunfar a despeito das más vontades deste setor endurecido da midia comercial e empresarial. A vitória de Dilma dará solidez a este caminho novo ansiado e construido com suor e sangue por tantas gerações de brasileiros.
Leonardo Boff é teólogo, filósofo, escritor e representante da Iniciativa Internacional da Carta da Terra.
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Memória do jornalismo no aniversário de Joel Silveira
Em cerimônia marcada por momentos de alegria e emoção, realizou-se na noite desta quinta-feira (23) a abertura do Centro de Cultura e Memória do Jornalismo. Simultaneamente, houve a inauguração da Sala Joel Silveira, que abriga o acervo de livros, documentos, objetos e quadros do grande jornalista brasileiro, e o lançamento do livro “Memória de Repórter”, com relatos históricos de 60 profissionais sobre a imprensa. >>>>
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quinta-feira, 23 de setembro de 2010
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Parou por quê?
Gente, já é quarta-feira, até agora nenhum escândalozinho pra dizer que é culpa do Lula, da Dilma e dos petistas fedorentos que aparelharam a máquina do estado para fazer dela objeto de uso pessoal e, no sentido tiriricaresco, familiar?
Que tédio!
Que tédio!
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